quinta-feira, março 10, 2005

 

Contrariando Sísifo

São verdadeiros pesquisadores do ouro soterrado em milhares de páginas/pepitas perdidas nas bibliotecas públicas e privadas.
Os investigadores investigam, os eruditos acrescentam a sua erudição, os aprendizes de feiticeiro descobrem as suas fórmulas mágicas. Mas onde fica esta informação? Quem pesquisa como poderá encontrá-la?
Quanto tempo perdido! Quanta informação desperdiçada! Quanto trabalho de Sísifo ignorado!
Muito do trabalho científico em Portugal é completamente desperdiçado, aplicando o aforismo bibliotecário de que um artigo que não seja indexado não existe.
Pois bem, há quem se dedique a criar os mapas que conduzem ao tesouro da informação e do conhecimento.
É o caso de alguns investigadores, ou melhor, investigadoras do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS-UE) que se dedicam, pacientemente a pesquisar em revistas os artigos que de algum modo tenham o Alentejo como tema. Assim se tece a Hemera - Base de Dados Bibliográficos sobre o Alentejo.
Este trabalho, tão corajoso e árduo como útil, foi apresentado na conferência inaugural das II Conferências do Cenáculo, que tiveram o seu início hoje, dia 10 na Biblioteca Pública de Évora.
Indubitavelmente, todos os presentes ganharam alguma coisa. A recolha de sugestões e troca de experiências foi talvez a nota dominante, a conclusão é que há muito que fazer no campo dos índices bibliográficos se queremos livrar-nos do castigo permanente de carregar pedras para o cimo da montanha.
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